No NANIKA
No NANIKA servimos ceviche peruano e peixe cru ao estilo japonês, lado a lado.
Isso só funciona se o nosso peixe for de nível máximo.
Por isso montámos todo o restaurante à volta de uma vantagem muito simples:
estamos em Matosinhos.
Matosinhos: a cadeia de abastecimento está literalmente à porta
Estamos a poucos passos do porto de pesca e do mercado local.
O peixe chega dos barcos de manhã e nós estamos lá, em pessoa, a escolher o que vamos servir.
- Sem intermediários.
- Sem “chega amanhã”.
- Sem tentar adivinhar há quantas horas esteve no gelo.
É assim que conseguimos ter um menu com:
- Ceviche
- Estilo peruano: lima, ají, cebola roxa, coentros, leite de tigre.
- Sashimi / nigiri
- Estilo japonês: corte limpo, cru, puro.
Ambos dependem de uma coisa: frescura absoluta.
O que procuramos no peixe para servir cru
Somos extremamente exigentes. Para qualquer coisa servida crua (ceviche, sashimi, tiradito, crudo), avaliamos:
- Olhos: claros e brilhantes, nunca baços.
- Guélras: vermelhas vivas, não acastanhadas.
- Cheiro: limpo e salino, nunca “a peixe”.
- Textura da carne: firme e elástica, nunca mole.
Se não passar, não compramos.
Se passar, mas a textura não é a certa para o estilo (por exemplo, demasiado macio para nigiri, demasiado gordo para ceviche), também não compramos.
É por isso que o nosso menu muda — não é drama, são critérios.
O manuseio é tudo
Depois de escolher o peixe, agimos rápido:
- Transporte em gelo
- O peixe fica em cima do gelo, não mergulhado em água.
- Desmanchamos na nossa cozinha nessa mesma manhã.
- Limpamos, porcionamos e arrefecemos logo.
Para sushi:
- Controlamos temperatura e direção da fibra para que o peixe entre na boca limpo, suave e preciso.
Para ceviche:
- O peixe é cortado na hora e misturado com leite de tigre fresco — nunca fica “a marinar no ácido” durante horas.
Mentalidade Nikkei: Peru × Japão × Portugal
O NANIKA é uma izakaya japonesa/peruana.
Não é um “tema de fusão”. É uma forma de trabalhar:
- Brilho peruano: lima, ají, cebola roxa, milho doce, coentros.
- Técnica japonesa: faca, temperatura, disciplina com produto cru.
- Peixe português: apanhado aqui, nessa manhã.
Resultado?
- Podes comer peixe português cortado como sashimi e temperado como tiradito.
- Ou um ceviche clássico ao lado de um nigiri.
Tudo vem do mesmo mar, só falado em línguas diferentes.
Sustentabilidade (a séria)
- Não exigimos “esta espécie específica todos os dias.”
- Adaptamo-nos ao que o mar dá.
- Evitamos espécies sob pressão.
- Privilegiamos pesca artesanal e peixe de linha sempre que possível.
Se o mar diz que não, é não.
O menu muda.
Porque dizemos o nome do peixe
Quando servimos ceviche, tiradito, sashimi, nigiri — dizemos exatamente qual é o peixe desse dia.
Não “peixe branco”.
Não “peixe do dia”.
A espécie concreta.
Fazemos isso porque:
- É transparência.
- Tens o direito de saber o que estás a comer cru.
- O peixe português merece crédito.
Versão curta
- Peixe do Atlântico.
- Trabalhado como sushi.
- Servido como ceviche.
- Comido numa izakaya.
Isto é o NANIKA